Thursday 24 June 2010

"Chão de Kanâmbua" ...

... (ou "O Feitiço de Kangombe") - da "Chiado Editora", Colecção Viagens na Ficção. Vou começar a leitura deste livro, este fim-de-semana. O primo do autor - meu grande amigo de longa data - enviou-me um e-mail desde terras angolanas, onde reside, a alertar-me para o lançamento da obra. Lá estive no sábado passado (19.06) e aproveitei a presença do autor (o pai nasceu no Lobito), para me autografar o exemplar que comprei. A obra apresenta-se como ficção assente em factos históricos. O enredo decorre pelas terras de Malange, na segunda metade do século XIX, tentando reproduzir ambientes, mentalidades e comportamentos. A abordagem feita pelo prefácio e introdução, promete. Tenho uma boa expectativa na sua leitura eespero não me enganar. A capa retrata o avô do autor e empregados da sua fazenda em Kilengues, cerca de 1910. Virei mais tarde deixar os meus comentários, se houver algum interesse para alguém.

Tuesday 15 June 2010

Pela rede

"BUALA" Foi um amigo que me emviou esta ligação e, vindo de quem veio, foi viagem imediata obrigatória até à página. A primeira viagem, um pouco apressada e, obrigatoriamente, parcial, levou-me a vir cá deixar a apresentação da Buala, como ela me foi enviada e como lá figura, para quem gosta de textos literários, imagens, projectos, intenções, afectos e memórias africanas. Angola, em especial, prende-me mais. A porta para a BUALA fica ali ao lado, sempre pronta a levar-vos até lá. "Buala.org é o sítio da associação cultural Buala. Trata-se do primeiro portal multidisciplinar de reflexão, crítica e documentação das culturas africanas contemporâneas em língua portuguesa, com produção de textos e traduções em francês e inglês. Buala significa casa, aldeia, a comunidade onde se dá o encontro. A geografia do projecto responde ao desenho da proveniência das contribuições, certamente mais nómada que estanque. A língua portuguesa, celebrada na diversidade de Portugal, Brasil e Áfricas, dialoga com o mundo. Buala.org pretende inscrever a complexidade do vasto campo cultural africano em acelerada mutação económica, política, social e cultural. Entendemos a cultura enquanto sistemas, comunidades, acontecimento, sensibilidades e fricções. Políticas e práticas culturais, e o que fica entre ambas. Problematizar questões ideológicas e históricas, entrelaçando tempos e legados. No fundo desejamos criar novos olhares, despretensiosos e descolonizados, a partir de vários pontos de enunciação da África contemporânea. Buala.org concentra e disponibiliza materiais, imagens, projectos, intenções, afectos e memórias. É uma plataforma construída para as pessoas. Uma rede de trabalho para profissionais da cultura e do pensamento. Artistas, agentes culturais, investigadores, jornalistas, curiosos, viajantes e autores, todos se podem encontrar e habitar este Buala." - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - "BEIRA PROJECT" E, já agora, outra ligação para uma outra página que já mora ali ao lado, desde há uns dias. Também tem sido um dos meus destinos de visita. "Projecto BEIRA" define-se como um projecto que tem por objectivo fornecer ajuda a outros projectos e organizções que, tal como o P. Beira, sem fins lucrativos, se dedicam a tirar ou, pelo menos, diminuir o flagelo SIDA em Moçambique.

Saturday 12 June 2010

Vamos lá Portugal!

Vamos calar este som horrível que está a estragar o espectáculo futebolístico visto daqui! Vamos gritar mais alto e dizer a todos os que tocam vuvuzela que, em vez de pegarem nelas para invadirem os nossos ouvidos, as metam antes no ... ... no sítio onde quiserem, mas não as soprem. Quero ouvir o som da multidão, os cânticos de apoio ou apupo a uma ou outra selecção. Abaixo as vuvuzelas! E enquanto elas não se calarem naqueles estádios sul-africanos, que sejam caladas nos estúdios de TV. Vamos todos a ESTE SITE votar para banir das nossas casas as vuvuzelas.

Tuesday 8 June 2010

Setúbal

Terra de lindo sol e boas praias, mar tépido e golfinhos, bons restaurantes com peixe sempre fresco e a bons preços, de rimas de Elmano Sadino que ainda encantam e de sons de Luísa Todi que ainda ecoam. Terra onde fica a Arrábida com horizontes até ao outro lado do oceano, onde se vislumbra Tróia com toda a sua beleza que só lá se pode gozar, com praias caribenhas da Europa de mar turqueza, e onde se continua a esburacar a natureza à procura de cimentos que constroem outros recantos. Terra de economia sofrida e gente à procura de trabalho que escasseia, de paredes cheias de história que se vão mantendo em pé, com jardins arranjados e bairros que vão nascendo teimosos contra as finanças de cada citadino. De um rio que ali se esbate manso e encontra o mar, por onde entram para a pesca e para a cidade as traineiras de outrora, com cores vivas e de nomes sempre cheios de imaginação, onde se pode encontrar uma "Virgem Boa" com um "Auxiliar", que regressam com algumas moedas para cada pescador que enfrenta o mar e nos devolvem o sabor de uma grelhada mista de peixe servida por afáveis gentes sadinas, onde me encontro com alguma assiduidade com aqueles com quem partilhei a minha juventude, à volta de muita conversa do passado que se torna um presente vivo e vivido, porque com um pé no rio e com o outro à beira-mar crescemos felizes. Setúbal, terra que apesar de tudo me atrai cada vez mais.

Sunday 6 June 2010

Olhares por Lisboa, hoje, ontem e no futuro.

Lisboa Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores, Lisboa com suas casas De várias cores... À força de diferente, isto é monótono. Como à força de sentir, fico só a pensar. Se, de noite, deitado mas desperto, Na lucidez inútil de não poder dormir, Quero imaginar qualquer coisa E surge sempre outra (porque há sono, E, porque há sono, um bocado de sonho), Quero alongar a vista com que imagino Por grandes palmares fantásticos, Mas não vejo mais, Contra uma espécie de lado de dentro de pálpebras, Que Lisboa com suas casas De várias cores. Sorrio, porque, aqui, deitado, é outra coisa. A força de monótono, é diferente. E, à força de ser eu, durmo e esqueço que existo. Fica só, sem mim, que esqueci porque durmo, Lisboa com suas casas De várias cores. Álvaro de Campos, in "Poemas"

Thursday 3 June 2010

PARAPENTE - Partida da Praia da Bicas.

O AGRIDOCE anda há umas semanas em preparação física para vir lançar-me ao ar. Calhou hoje, que é um dia tão bom como outro qualquer. E calhou com paisagens de parapente na Arriba da Praia das Bicas, bem junto ao Meco. A matriz deste blogue vem no seguimento do seu irmão, que se encontra em situação de descanso congelado. Quero dizer que será, como o Belgiumtugadois, um blogue tão genérico como os momentos em que cá vier para vos deixar algo, com muitas imagens, algumas sob a forma de palavras. Bom vôo para vocês, para mim, para nós.