Esteve um dia de primavera estival, em pleno inverno, este sábado. Até os casais de pardais esvoaçavam o fulgor da paixão primaveril. Resolvi ir ver alguns cantos e pormenores de Alfama ao Rossio e Praça da Figueira, sem me afastar muito do Rio Tejo. Surpreendeu-me - a mim que por ali passo há décadas, sempre a tentar ver o seu interior - ver a Igreja de São Miguel de porta aberta, melhor dizendo, entreaberta. Espreitei e espantei. Porque será que parecem esconder toda a beleza que encerra? Do altar de talha dourada - dos mais bonitos que vi, ao tecto e à própria arquitectura interior, é digna de uma visita. Pena foi a falta de iluminação, que prejudicou uma melhor recolha de imagens para vos aguçar o apetite. Tentem, mas desde já vos aviso que não é fácil encontrar a porta aberta. De resto, foi ir tirando uma foto aqui, outra ali, a este ou aquele canto ou pormenor que penso deve ser visto por quem não pode cá vir ou estar. Parei no Rossio, onde se ergue o pedestal a D. Pedro IV de Portugal, Primeiro Imperador do Brasil, virei para a Praça da Figueira e apanhei D. João I, Mestre de Avis, a galope no seu cavalo. Até à próxima.