Saturday, 5 February 2011

De Alfama ao Rossio, à beira-rio. Vistas.

Esteve um dia de primavera estival, em pleno inverno, este sábado. Até os casais de pardais esvoaçavam o fulgor da paixão primaveril. Resolvi ir ver alguns cantos e pormenores de Alfama ao Rossio e Praça da Figueira, sem me afastar muito do Rio Tejo. Surpreendeu-me - a mim que por ali passo há décadas, sempre a tentar ver o seu interior - ver a Igreja de São Miguel de porta aberta, melhor dizendo, entreaberta. Espreitei e espantei. Porque será que parecem esconder toda a beleza que encerra? Do altar de talha dourada - dos mais bonitos que vi, ao tecto e à própria arquitectura interior, é digna de uma visita. Pena foi a falta de iluminação, que prejudicou uma melhor recolha de imagens para vos aguçar o apetite. Tentem, mas desde já vos aviso que não é fácil encontrar a porta aberta. De resto, foi ir tirando uma foto aqui, outra ali, a este ou aquele canto ou pormenor que penso deve ser visto por quem não pode cá vir ou estar. Parei no Rossio, onde se ergue o pedestal a D. Pedro IV de Portugal, Primeiro Imperador do Brasil, virei para a Praça da Figueira e apanhei D. João I, Mestre de Avis, a galope no seu cavalo. Até à próxima.

1 comment:

Anonymous said...

Ces photos sont une invitation à la promenade dans la ville, je ne peux pas venir je dois repasser mes lacets, ma vie c’est ma ville, alors je transmets deux courts extraits de Beaudelaire et Verlaine.

Dans les plis sinueux des vieilles capitales,
Où tout, même l’horreur, tourne aux enchantements,
Je guette, obéissant à mes humeurs fatales,
Des êtres singuliers, décrépits et charmants
Charles Baudelaire « Les petites vieilles ».

Dans une rue au coeur d’une ville de rêve,
Ce sera comme quand on a déjà vécu:
Un instant à la fois très vague et très aigu...
O ce soleil parmi la brume qui se lève!
Paul Verlaine, « Kaléidoscope »
C.