Sunday, 22 May 2011

Cascais Trophy. Circuito Audi MedCup. Regata de 22.05.2011

Como eu vi a Regata Barlavento-Sotavento do Circuito Audi MedCup, em Cascais.
Desde cerca das onze até às cinco, andei, por vezes corri, outras fiquei sentado a molhar o calor que arrasava qualquer garganta. Ah, sim, e também a pele. Fiquei com bronze "à taxista"! Tudo para ir apanhando umas vistas da regata.
Foi um dia em cheio. Não menos que dez quilómetros calcorreados, como auto-prova de que a minha recuperação pós-operatória vai andando. Devagarinho.
Fiquem com os meus olhares.
Inté

Sunday, 15 May 2011

Dando passos por Benfica - Catedrais lado a lado

De um lado, a (principal) catedral de consumo lisboeta.
Para além de ponto de consumo de tempo para uma mole humana heterogénea, também serve para fazer as mais diversas compras.
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Do outro lado, a Catedral do Futebol, em Portugal.
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Saturday, 14 May 2011

Uhmmm, ai que rabinho tão espinhoso!

Percebeu o título?
A tábua e a tartaruga, o sol e a sombra.
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LA TORTUGA

que
anduvo
tanto tiempo
y tanto vio
con
sus
antiguos
ojos,
la tortuga
que comió
aceitunas
del más profundo
mar,
la tortuga que nadó
siete siglos
y conoció
siete
mil
primaveras,
la tortuga
blindada
contra
el calor
y el frío,
contra
los rayos y las olas,
la tortuga
amarilla
y plateada,
con severos
lunares
ambarinos
y pies de rapiña,
la tortuga
se quedó
aquí
durmiendo,
y no lo sabe.

De tan vieja
se fue
poniendo dura,
dejó
de amar las olas
y fue rígida
como una plancha de planchar.

Cerró
los ojos que
tanto
mar, cielo, tiempo y tierra
desafiaron,
y se durmió
entre las otras
piedras.

Pablo Neruda

Sunday, 1 May 2011

Deitar contas à vida


Se a minha memória não me atraiçoa, há algumas décadas que não se via um 25 de Abril e um 1º de Maio como os deste ano.

E algo me diz que este ano foi só, para ambos, o início do trajecto até ficarem enterrados a 2 metros de profundidade, num qualquer cemitério das revoluções iniciadas nos anos 60 do século passado e que, neste cantinho à beira-mar plantado, culminaram com a efectuada a 25 de Abril de 1974.

As comemorações do 25 de Abril, é o que se tem visto desde há meia dúzia de anos. Ano a ano, mais se arrastam para terem uma cerimónia de cariz nacional. Longe vai o sonho de alguns em o sustituirem ao 10 de Junho.

O 1º de Maio, nem se arrastou. Foi um ar que lhe deu de uma só vez.

Hoje, num momento em que o país se diz em austeridade, as grandes e médias superfícies comerciais apresentavam-se como qualquer outro domingo, quiçá com mais movimento de pessoas atarefadas em gastar os euros das austeridades pessoais em produtos provenientes da Europa que se pergunta se nos deve apoiar com mais euros para lhes comprarmos mais produtos ou, pior ainda, “made in China”, desenvolvidos pelo capital e know how de algumas grandes empresas europeias (mas não só) que para isso tiveram que se decidir por desempregar europeus a troco de “algumas tigelas de arroz” no outro lado do globo.

Lojas cheias, muitas promoções a apelar às oportunidades de uma compra pelo Dia da Mãe, pelo dia disto, ou apenas por aquilo, porque todos os motivos são bons para vender, “trabalhadores” a fazer aquilo para que são pagos sem um pequeno remorso na alma ou um único neurónio a lembrar o longínquo dia 1 de Maio de 1886 de Chicago.

Este país necessita, definitivamente, de deitar contas à vida.