Wednesday, 28 September 2011

Voo rasante por Itália - Pádua e Pisa

O grupo fez uma rasante, quer a Pádua, quer a Pisa.
Quase nem deu para sentir os pés nessas cidades. A bem dizer, em Pisa não se sentiram, propriamente.
Foram pontos de passagem para outros destinos que estavam no roteiro programado.
PÁDUA, como não podia deixar de ser, tinha uma atracção histórica marcada connosco: A Basílica de Santo António de Lisboa - perdão, de Santo António de Pádua, "O Santo", que é o padroeiro da cidade (não digo das cidades porque, em Lisboa, reina S. Vicente).
A Basílica é um monumento aos sentidos visuais mas, como em quase todos os monumentos em Itália, o "no photo" é um aviso prévio e um grito permanente nos ouvidos. Aqui, dado pelos homens da segurança e pelos "santo antoninhos" modernos que não param de andar a vigiar os turistas. E são demolidores, na forma como são dados e escutados.
Mas, por Itália, houve locais onde o "no photo" foi substituído pelo "no flash", ou mesmo nenhuma restrição é apontada, haja Deus e Santo António de Lisboa!
Voltando à Basílica de Pádua, um dos pontos de maior afluxo humano é o local onde fica o que resta do que foi mais humano de "O Santo": o seu corpo .
O tempo ter-se-á encarregado de uma parte da sua destruição, mas o canibalismo de órgãos e partes do corpo tê-lo-á precedido, para distribuição de relíquias "urbi et orbi".
Eis como o movimento religioso nascido de Cristo, desde cedo na sua história, cavou fossos de contradições: propaga a vida, mas apela ao sofrimento e incide os seus signos em tudo o que é a morte. A culminar, quem for santo verá o seu corpo ser retalhado - língua, coração, etc, etc, cortados aos pedaços, metidos dentro dos relicários, e espalhados pelas igrejas.
E, como não é no momento do nascimento, mas da morte, que a Igreja coloca a enfâse, eis que um santo nascido em Lisboa, porque morreu em Padova, ali tomou o nome.
O conjunto de fotos que se seguem às de Pádua é relativo "à memória" de PISA, à "cittá de Pisa" que, de facto, não mais são que fotos tiradas na Praça dos Milagres, onde se situam imponentes monumentos religiosos (até um cemitério, muito visitado, mas que, por mim, deixei para visitar quando partir deste mundo), incluindo o monumento mais olhado: a Torre inclinada de Pisa.
Há um local com marcações no asfalto para facilitar a tiragem da posição de foto mais gasta daquela torre (sempre esgotado, pelo que há que escolher outros locais): alguém coloca-se como se estivesse a suportar a inclinação, ou a empurrar a torre para o lado onde se inclina, e o fotógrafo, em ponto estratégico, lá dispara a máquina.
Como podem ver nalgumas fotos, nem todos os fotógrafos conseguem o "efeito visual" pretendido.
Vou agora a correr para o autocarro, digo, avião, a ver se ainda consigo fazer mais visitas.
Até lá.

2 comments:

xistosa, josé torres said...

Então a torre inclinada não foi endireitada.
Li algures, mas sabemos como e quanto se mente na net, que lhe tinham dado umas injecções de 'viagra' e a tinham endireitado.
Falsas expectativas.
No tempo em que os animais começaram a deixar de falar, comprei uma sofisticada e intratável ma´quina de filmar.
Azar o meu; ela ainda não tinha auto-controlo e era eu que tinha de apelar à minha inteligência e aos parcos conhecimentos.
Mas tive uma salvação.
Por diversa cidades espanholas não se podia fotografar nem filmar.
Foi a maneira de a arrumar sossegada e até hoje 'descansa' no 'mausoléu' onde nasceu...

Bom passeio e bom resto de semana.
Um abração.

AGRIDOCE said...

XISTOSA,
Também ouvi dizer que lhe deram doses sem fim de viagra. Deve ser por isso que ela agora, apesar de inclinada, está direita.
Mas devem ter-se esquecido de dar viagra à zona de suporte.
Máquina de filmar, a celulóide ou em vídeo... nunca me atraiu, até agora pelo menos.
A única que comprei (uma Sony), por teimosia de alguns cá por casa, repousa quase como saiu da loja. Acredito que, agora, tantos anos passados sem uso, nem com doses cavalares de viagra conseguiria gravar uma única imagem vídeo.
Abraço.