Wednesday 29 September 2010

Olhares pelo Cabo da Roca ...

... Ali, a ponta mais ocidental do continente europeu, onde a Europa acaba e o Mundo começa. E se mais Mar houvera ... Vento a enganar o domingo de Verão, já dentro do Outono, muitos jovens asiáticos de máquinas fotográficas na mão, fotografando-se, auto-fotografando-se e solicitando a este ou aquele (eu fui um dos estes e daqueles, em mais que uma vez) para tirar a foto do grupo ou do casal, hétero e não só, e com muitos autocarros de gente a sibilar línguas do leste europeu, todos, com olhos de espanto e sorriso aberto com palavras de alegria - as suas faces e olhares não enganavam - por ali estarem, ali terem ido. Ah! Também havia portugueses. Nem por isso com atitudes diferentes. Não foi a minha primeira visita, mas já há muito tempo que lá não ia. Já quase me esquecia de quão majestoso é o Atlântico lá em baixo, alguns cem metros na vertical daquelas escarpas esculpidas pelo tempo, pelos ventos, pelas ondas e pelas engenharias das amplitudes térmicas nas rochas. Paleta de cores múltipla, com caminhos proibidos cheios de voluntários na infracção das regras de segurança, até onde não me aventurei ir com os meus pés, mas a objectiva me levou a fazer-lhes companhia. Até à próxima viagem.

Monday 27 September 2010

Regresso ao Oeste. Poemas "popularuchos"

Sábado, num dia já de Outono que anuncia o Inverno que se fará sentir, espera-se que fraquinho, desci de Sintra para Colares (onde parei nas Caves do Visconde de Salreu e "pesquei" umas garrafas que vieram à tona), depois Praia Grande e, ziguezagueando por aquela estreita faixa negra que serpenteia montes afora, até às Azenhas do Mar, passando por S. João das Lampas e Fontanelas. Cada povoado, por ali, é prenhe de azulejaria exposta a quem passa, quer representando cenas de um passado mais ou menos recente da vida daquelas comunidades ou de paisagens marcantes. Mas, mais que tudo, por ali, há muitos azulejos a publicar quadras popularuchas, algumas bastante interessantes. Venham ver um bocadito do que vi.

Portugal no seu melhor

Algures por Paços d'Arcos - Lisboa Caro cidadão: - Se vem de automóvel, vire obrigatoriamente à esquerda; - Se vem de helicóptero, junto ao sinal de trânsito, puxe o manche, suba na vertical acima do último piso do edifício com janelas espelhadas, e siga em frente. Obrigado :-))
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Tuesday 21 September 2010

Regresso ao Oeste

Encontrei, pelo Oeste, o mesmo escaldante sol que me fez fugir do forno lisboeta. Lá estava ele a carregar de energia as vinhas que, naquelas encostas, já o tinham armazenado durante este abundante verão, para o Deus Baco. De facto, numa volta pelas faldas das vinhas dava para reparar que, não havia muito tempo, os tratores tinham rodado por ali, carregando os cestos (que agora são caixas de aço) atestados com cachos cheios de potencial néctar que já deve estar a engrossar as pipas e, porque as curvas teriam sido rápidas, lá jaziam alguns, perdidos, pela fértil terra. Dobrei-me e arranquei algumas uvas. Provei-as. Uhmmm, isto vai dar bom vinho, com certeza! Mas a minha volta de domingo estava destinada a uma visita, em especial:
O Jardim da Paz, o Buddha Eden Garden, situado na Quinta do Lorido, no Bombarral. Espaço que oferece aos visitantes - e eram muitos - bons momentos de descanso, mesmo que se note que ainda tem muito por onde crescer e muito mais para oferecer. Apanhei o comboio sobre rodas e dei uma volta. Depois, já apeado, voltei a passear-me, a tirar fotos, a apreciar as estátuas chinesas em terracota, as cinzeladas no mármore, subindo e descendo os pequenos montes. Chegada a hora de encostar-me ao prato, aceitei a proposta apresentada à entrada do Jardim e rumei ao Sobral do Parelhão, ali bem ao lado, e entrei no Mãe d'Água, cheio que nem um ovo. Uma hora depois, não me arrependi de ali ter ancorado o meu apetite. Aqui ficam algumas fotos.