O grupo fez uma rasante, quer a Pádua, quer a Pisa.
Quase nem deu para sentir os pés nessas cidades. A bem dizer, em Pisa não se sentiram, propriamente.
Foram pontos de passagem para outros destinos que estavam no roteiro programado.
PÁDUA, como não podia deixar de ser, tinha uma atracção histórica marcada connosco: A Basílica de Santo António de Lisboa - perdão, de Santo António de Pádua, "O Santo", que é o padroeiro da cidade (não digo das cidades porque, em Lisboa, reina S. Vicente).
A Basílica é um monumento aos sentidos visuais mas, como em quase todos os monumentos em Itália, o "no photo" é um aviso prévio e um grito permanente nos ouvidos. Aqui, dado pelos homens da segurança e pelos "santo antoninhos" modernos que não param de andar a vigiar os turistas. E são demolidores, na forma como são dados e escutados.
Mas, por Itália, houve locais onde o "no photo" foi substituído pelo "no flash", ou mesmo nenhuma restrição é apontada, haja Deus e Santo António de Lisboa!
Voltando à Basílica de Pádua, um dos pontos de maior afluxo humano é o local onde fica o que resta do que foi mais humano de "O Santo": o seu corpo .
O tempo ter-se-á encarregado de uma parte da sua destruição, mas o canibalismo de órgãos e partes do corpo tê-lo-á precedido, para distribuição de relíquias "urbi et orbi".
Eis como o movimento religioso nascido de Cristo, desde cedo na sua história, cavou fossos de contradições: propaga a vida, mas apela ao sofrimento e incide os seus signos em tudo o que é a morte. A culminar, quem for santo verá o seu corpo ser retalhado - língua, coração, etc, etc, cortados aos pedaços, metidos dentro dos relicários, e espalhados pelas igrejas.
E, como não é no momento do nascimento, mas da morte, que a Igreja coloca a enfâse, eis que um santo nascido em Lisboa, porque morreu em Padova, ali tomou o nome.
O conjunto de fotos que se seguem às de Pádua é relativo "à memória" de
PISA, à "cittá de Pisa" que, de facto, não mais são que fotos tiradas na Praça dos Milagres, onde se situam imponentes monumentos religiosos (até um cemitério, muito visitado, mas que, por mim, deixei para visitar quando partir deste mundo), incluindo o monumento mais olhado: a Torre inclinada de Pisa.
Há um local com marcações no asfalto para facilitar a tiragem da posição de foto mais gasta daquela torre (sempre esgotado, pelo que há que escolher outros locais): alguém coloca-se como se estivesse a suportar a inclinação, ou a empurrar a torre para o lado onde se inclina, e o fotógrafo, em ponto estratégico, lá dispara a máquina.
Como podem ver nalgumas fotos, nem todos os fotógrafos conseguem o "efeito visual" pretendido.
Vou agora a correr para o autocarro, digo, avião, a ver se ainda consigo fazer mais visitas.
Até lá.