Encontrei, pelo Oeste, o mesmo escaldante sol que me fez fugir do forno lisboeta. Lá estava ele a carregar de energia as vinhas que, naquelas encostas, já o tinham armazenado durante este abundante verão, para o Deus Baco. De facto, numa volta pelas faldas das vinhas dava para reparar que, não havia muito tempo, os tratores tinham rodado por ali, carregando os cestos (que agora são caixas de aço) atestados com cachos cheios de potencial néctar que já deve estar a engrossar as pipas e, porque as curvas teriam sido rápidas, lá jaziam alguns, perdidos, pela fértil terra. Dobrei-me e arranquei algumas uvas. Provei-as. Uhmmm, isto vai dar bom vinho, com certeza! Mas a minha volta de domingo estava destinada a uma visita, em especial:
O Jardim da Paz, o Buddha Eden Garden, situado na Quinta do Lorido, no Bombarral. Espaço que oferece aos visitantes - e eram muitos - bons momentos de descanso, mesmo que se note que ainda tem muito por onde crescer e muito mais para oferecer. Apanhei o comboio sobre rodas e dei uma volta. Depois, já apeado, voltei a passear-me, a tirar fotos, a apreciar as estátuas chinesas em terracota, as cinzeladas no mármore, subindo e descendo os pequenos montes. Chegada a hora de encostar-me ao prato, aceitei a proposta apresentada à entrada do Jardim e rumei ao Sobral do Parelhão, ali bem ao lado, e entrei no Mãe d'Água, cheio que nem um ovo. Uma hora depois, não me arrependi de ali ter ancorado o meu apetite. Aqui ficam algumas fotos.
1 comment:
Deve ser um bom sítio para se passear e desligar um pouco das tristezas da vida. Não conheço mas fiquei tão entusiamada com as fotos que vou agendar uma visita.
FA
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