Friday, 22 July 2011

Manada de golfinhos coloridos deu à costa sadina - Setúbal

Para este Verão, a zona ribeirinha de Setúbal foi decorada com roazes-corvineiros coloridos, produzidos para o concurso “Golfinho Parade”, e que, no Parque Urbano de Albarquel, estão a ser apresentados nas três posições consideradas mais icónicas para representar aqueles mamíferos da ordem dos cetáceos: a sair, a sobrevoar ou a mergulhar na água.
Começo por dizer duas coisas boas e duas coisas más, acerca deste evento.
Primeiro as más:
1 – Mas que raio de local foi escolhido pelo município para apresentar o evento, ainda por cima, tendo a cidade tantos, tão bons e bem melhores do que aquele para este fim. Mas acredito que terá havido razões para esta decisão. Como efeito visual fotográfico, em minha opinião, não poderia haver muito pior.
2 – Pior que a anterior, só o nome escolhido: “Golfinhos Parade”. Um composto de uma palavra em português e a outra em inglês. Se mais palavras houvesse... ficava-se a conhecer tantas línguas nacionais, quantas as palavras. Talvez o efeito fosse agradar a gregos e troianos, ou a português e turista.
Agora as boas:
1 - Foi uma boa ideia e é bastante apelativa, até tendo em consideração um dos objectivos assumidos: levar turistas à cidade. Melhor, só criar o hábito no calendário e repetir o evento (com algumas inovações) ano após ano.
2 – Ficam de parabéns todos os intervenientes: os mentores e dinamizadores da ideia e os participantes/artistas que pintaram as réplicas, com 2,5 metros de comprimento e envergadura à escala, dos roazes que habitam o Estuário do Sado.
“É impossível pensar no rio Sado e não o associar imediatamente aos golfinhos (roazes-corvineiros).
É impensável olhar para o rio Sado sem a expectativa de ver um golfinho a sair das águas num salto que nos continua a surpreender pela harmonia, pela beleza.
Golfinhos e baía de Setúbal, uma das mais belas do mundo, são duas imagens inseparáveis.
Por isso, decidimos promover uma acção que sublinhasse a importância dos golfinhos no imaginário sadino.”

Wednesday, 20 July 2011

Olhares perdidos da Arrábida

Por estes dias, e já têm sido mais do que deviam, sem se saber quando acaba esta contagem, Éolo tem deixado Bóreas e Zéfiro à solta e à luta, que nem demónios, em incerta direcção mas persistente força e intenções de estragar o Verão aos humanos destas bandas.
Louvo a resistência de muitos veraneantes que se aventuram até às praias e por lá ficam.
Eu também ia sendo apanhado pelo constante picar das areias, mas resolvi privilegiar uns olhares pela Serra da Arrábida, que aqui vos deixo.

Sunday, 17 July 2011

Voo rasante por Itália: LAGO DI GARDA


Em tempo de férias, nada melhor do que passear.
Vamos continuar o voo pela Itália, hoje pelo Lago di Garda, o maior lago da Itália. A viagem inicia-se em Sirmioni, na província de Bréscia, e termina em Peschiera del Garda, com passagem pelos portos de Garda, Bardolino, Lazise e Cizano, todas na província de Verona, com vista geral dessas cidades a partir do lago, que atravessámos sem tocar nas margens da província de Trento, a outra província que também é banhada pelo lago.
As vistas são simplesmente fascinantes. No entanto, as fotos não conseguem passar essa força hipnótica, quer pela (falta de) técnica do fotógrafo de serviço, quer porque, apesar do calor intenso que se fazia sentir, o sol só excepcionalmente se ter apresentado, ausência que aumentou a presença de neblina no ar.
O álbum poderá demorar mais tempo do que o habitual para carregar, pois tem muitas fotos (73). Como é minha norma, apresento as fotos sem demasiada preocupação com aspectos estéticos e de arte fotográfica. O meu objectivo aqui é o de mostrar "olhares citadinos".
Boa viagem e até à próxima.

Friday, 15 July 2011

Voo rasante por Itália: MILÃO

Fiz a aterragem de chegada em Milão e, dez dias depois, estava a levantar voo de regresso em Roma.
Convido-vos a virem comigo piscar os olhos a alguns pontos onde pousei o meu olhar.
Comecemos por Milão e, assim que puder, virei com voos rasantes por outras paragens.
Não se esqueçam de, ao iniciar, seleccionar a função "show info", na parte superior direita.
E tenham um bom fim de semana e boas férias (aproveitem-nas, que podemos entrar em crise e aparecer uma tesoura a cortar 50% das vossas férias. Tudo a Bem da Nação, claro está).

Tuesday, 12 July 2011

Dembos - a floresta do medo


DEMBOS para blogue
Deu à estampa, em Abril de 2007, este livro, primeira obra de um amigo de infância.

"Apresentado como romance, para mim é mais um conjunto de contos sobre duras experiências vividas, ainda que, por haver alguns elos de ligação entre eles, possa cair naqueloutra forma.
Discurso simples, mas bem escrito, vivo e sempre a prender o passo seguinte, foi leitura de alguns dias, propositadamente lenta, refreada, para poder sorver o prazer do filme que a narrativa me trouxe à mente, embora nunca tivesse ido até aos locais (reais) onde se passam as principais aventuras. Mas vivi algumas bem parecidas. E gostava de conhecer aquelas paragens. A forma como elas são pintadas, ofereceram-me essa viagem. A possível, para já.
Sente-se que a obra é despretensiosa quanto a querer vir a ser um “best-seller”, mas não esconde o objectivo de deixar fotos sob a forma de palavras (ainda que genéricas e, por isso, com alguns riscos – esta é a minha opinião):
- do que sentiu e sentia a juventude de então, naquelas duras condições, e de como em Angola, naquela época, se pensava sobre a guerrilha pela independência, na perspectiva de um dos lados, ou da defesa do território sob o poder político de Portugal, na do outro lado, e como ela se desenrolava;
- as barreiras mentais e culturais das gentes que apareciam idas da Metrópole (assim chamado o actual “torrão” lusitano) e as daquelas que lá tinham nascido, ou crescido desde muito cedo ou vivido uns quantos anos, pelo menos enquanto aqueles não bebiam e ficavam embebidos de uma maneira de ver a vida e o mundo bem diferente, bem mais avançado que era, sem dúvida, a dos angolanos;
- das conversas sobre os desejos e esperanças políticas que já eram sentidos pela massa humana residente, especialmente a mais jovem, que já sentiam que só passos autonómicos, quiçá de independência, poderiam levar a uma mudança do que de errado se fazia e estava à vista de quem queria ver, pese a perspectiva política ser ainda embrionária... mas livre;
- enfim, um testemunho do final dos anos de sessenta e início dos setenta, que antecederam a Revolução de Abril, tendo como palco principal aquela que foi uma das matas mais traiçoeiras de então.
Especialmente para quem por lá andou, de camuflado vestido e arma aperrada, ou não, ou para aqueles que sentem alguma curiosidade sobre aqueles espaços geográficos e temporais, aconselho a sua leitura (não tenho qualquer comissão, apenas comprei o livro e gostei)."

Isto escrevia eu no meu blogue de então, em 2007, num conjunto de posts que foram perdidos, por isso aqui o republico.

Eis que veio à luz do dia mais uma obra sua, o qual estou a acabar de ler e, por isso, ficará para um novo post.

Monday, 11 July 2011

Mascarando a cidade. Italy - Verona



A caça às moedas também dá para usar e pôr máscaras.

Aqui, bem junto ao palácio dos Capuleto, onde pretensamente ardeu um amor sem fim entre Romeu e Julieta.

Estamos, portanto, em Verona e não em Veneza.

Nem por isso, os trajes e as máscaras venezianas deixam de dar cor à rua.

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Thursday, 7 July 2011

Bike me? Italy - Milan




Bike Mi



O meio de transporte em duas rodas está em cada canto de Milão, especialmente nas áreas históricas.

Entre todos, saltaram-me aos olhos estas pérolas.

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Wednesday, 6 July 2011

Gondolando. Italy - Venice


Pachorrentamente, lá vão percorrendo os canais.
Nos mais largos, sem notórias preocupações com o trânsito. Nos mais estreitos, com pontos de engarrafamento a pedir mestria aos homens do leme, que a têm, pressente-se, desde que nasceram, mas que ainda assim nos causa alguma incerteza no avanço, nem tanto pelo bem que saberia um mergulho a amolecer o tórrido calor que se faz sentir. E é nestes canais que entoam e ecoam - por entre velhos e altos edifícios, mergulhados mais do que seria desejável, e sempre mais a cada ano que passa, numa água que nenhum ser vivo deve querer provar ou sequer entrar - cantos que alguns dos gondoleiros também se ajeitam a remar.
Chegada a viagem ao fim, conclui-se que não foi nada pachorrenta.

Tuesday, 5 July 2011

A crise anda por aí. Italy - Venice

Assim que se sentem apertos nos bolsos e cintos, aparecem, de imediato, as máximas ao chamamento das velhas medidas internacionais da economia, sob a forma de grito:

"fechem as fronteiras, consumam só o que é nacional!"

E se é verdade que por cá andam sons desses no ar, imaginem onde fui encontrar réplicas?

Isso mesmo, onde já se estará a sentir a terra a faltar por debaixo dos pés. Neste caso em concreto, em Veneza.

Em conclusão, só é bom fechar as fronteiras quando estamos anémicos, ou em vias disso.

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