Pachorrentamente, lá vão percorrendo os canais.
Nos mais largos, sem notórias preocupações com o trânsito. Nos mais estreitos, com pontos de engarrafamento a pedir mestria aos homens do leme, que a têm, pressente-se, desde que nasceram, mas que ainda assim nos causa alguma incerteza no avanço, nem tanto pelo bem que saberia um mergulho a amolecer o tórrido calor que se faz sentir. E é nestes canais que entoam e ecoam - por entre velhos e altos edifícios, mergulhados mais do que seria desejável, e sempre mais a cada ano que passa, numa água que nenhum ser vivo deve querer provar ou sequer entrar - cantos que alguns dos gondoleiros também se ajeitam a remar.
Chegada a viagem ao fim, conclui-se que não foi nada pachorrenta.
1 comment:
As fotografias estão muito boas, quase que nos sentimos lá, pachorrentamente a navegar, ouvindo os sons que nos rodeiam e sentindo o coração preenchido com tanta beleza.
Deve ser uma viagem linda de se fazer. Resta-nos a esperança de que um dia também sejamos bafejados com essa sorte e até lá sonharmos, olhando para as tuas belas fotos.
Obrigada por este momento
FA
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